Repercussão do Lançamento do EP Juliette no Twitter

A partir desse mês traremos sempre algum conteúdo sobre acontecimentos da cultura pop tratando de algumas possibilidades de análise. Nesse primeiro texto, Eloy Vieira traz alguns insights sobre a repercussão do EP da Juliette no Twitter.

Por Eloy Vieira / Arte de Rafaela Tabasnik

O EP ‘Juliette’ lançado na última quinta-feira (02/09) já é álbum nacional com mais pré-saves da história do Spotify. Mas, para além das plataformas de streaming, analisamos a repercussão desse lançamento no Twitter. Primeiro, coletamos os principais termos relacionados e determinamos o período com o melhor retrato do momento: de 01 a 03/09, juntando assim a expectativa do lançamento, o dia do lançamento e o dia seguinte com a repercussão.

Foram mais de 800 mil posts em apenas 72h, com um pico de mais de 500 mil somente no dia do lançamento e mais de 72 mil perfis únicos tuitando ao mesmo tempo sobre o assunto. Os termos mais comentados foram justamente sobre o lançamento nas plataformas de streaming, mas também com elogios à perfomance da nova cantora. Além disso, o nome de Juliette chama atenção por estar diretamente relacionado com as ações de promoção dos famosos Cactos, que pediram as músicas e promoveram inclusive em outros países como México e Portugal. Outro detalhe importante é que outros artistas como Anitta e Chico Science apareceram na boca do povo. Já em relação aos sentimentos expressados pelas pessoas, os tuítes neutros prevalesceram, sobretudo com a repercussão através de RT’s para a promoção do lançamento. Os positivos vieram logo em seguida com 35% do total enquanto os negativos não passaram de 11% do total. E #cactos também amam! Sim, o “Amor” foi o sentimento mais presente entre as mensagens positivas, especialmente direcionados à Juliette, enquanto seus haters tiveram um espaço muito pequeno.
Outros dados interessantes é que muitos tuítes partiram, claro do Brasil, mas também de outros países como EUA e França. Aqui no Brasil, a maior parte veio do estado de São Paulo, mas realmente chama atenção a prevalência de estados do Nordeste e do Norte nas posições seguintes. Toda essa repercussão contou com o dedinho de alguns perfis influentes como @Anitta, @mariliamreal e @lucasranngel , além dos perfis ligados à imprensa e à @TVGlobo
E, por último, mas não menos importante, as hashtags mais utilizadas foram bastante focadas na imagem da
Juliette, mas a promoção de #DiferençaMara, segunda faixa do EP, também chamou a atenção. Os #Cactos foram os protagonistas até entre os emojis mais utilizados Cacto.

Para quem quiser ler o fio no Twitter que originou esse texto, basta ir em https://twitter.com/cultpoplab/status/1434589008194113541


E se por acaso você estava em outro planeta e ainda tá por fora do fenômeno que é a Juliette, nossa cultpoper
Rafaela Tabasnik já publicou sobre ela num artigo do Linkedin https://linkedin.com/pulse/tchurubei-tchurubai-conhe%C3%A7a-juliette-freire-do-bbb-21-tabasnik/

E Adriana Amaral e Eloy Vieira já deram uma entrevista bem completa sobre os famosos Cactos para a jornalista Maura Martins do site Escotilha https://escotilha.com.br/cinema-tv/canal-zero/o-fandom-de-juliette-venceu-o-big-brother-brasil-21/

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CULTPOP disponibiliza Acervo de Estudos de Fãs no Brasil

Uma das missões mais importantes do CULTPOP nesses 10 anos é a da popularização da ciência. Como diz o meme, já fazíamos isso way before it was cool e muito antes da pandemia do Covid 19 – que fez com que muitos grupos e laboratórios tivessem que ampliar sua divulgação. Desde o início do grupo, participamos de mídias e veículos de imprensa e também criamos nossos próprios produtos derivados das pesquisas como o Divã Pop que surgiu como programa da extinta rádio Unisinos em 2016 e se tornou um podcast; o POA Rock City Bus Tour , programa turístico que levou pesquisadores a um passeio experimental por pontos importantes para a cena do rock gaúcho em Porto Alegre em 2017 e a História em Quadrinhos “Caçadora de Fãs: Uma aventura acadêmica“, derivada da dissertação de mestrado da Larissa Becko e lançada em 2020.

Em 2021 lançamos nosso novo produto de divulgação científica: o Acervo de Estudos de Fãs no Brasil, um site com links e referências bibliográficas que contempla uma parte significativa da produção intelectual sobre o tema no país. O projeto é um produto digital de curadoria bibliográfica resultante da pesquisa “Estudos de fãs no Brasil: mapeamento da área de comunicação e proposições metodológicas para a cultura pop nos ambientes digitais”
coordenada pela Adriana Amaral e financiada pela Bolsa de Produtividade do CNPq. O objetivo era organizar e sistematizar em um único espaço a bibliografia produzida na área da Comunicação no país sobre os Estudos de Fãs entre os anos 2002 e 2020. Foram levantadas teses e dissertações (abrangendo o período de 2011 a 2020) defendidas nos programas de pós-graduação entre 2011 e 2020: artigos produzidos em periódicos Qualis A1 a B1 e artigos apresentados nos congressos da COMPÓS e INTERCOM. Além disso, queríamos facilitar a vida de quem está começando a pesquisar nessa área, sobretudo pesquisadores iniciantes que estão produzindo TCC ou mesmo dissertações de Mestrado. Outro ponto importante é divulgar para a imprensa a importância das pesquisas sobre o tema.

A coleta e organização foi realizada pelas bolsistas de Iniciação Científica & Tecnológica: Bianca Nunes (Bolsa PIBIT/CNPq), Bruna Mombach (Bolsa PRATIC/Unisinos), Manuela Massochin (Bolsa PIBIC/CNPq) e Stephanie Müller (Bolsa PRATIC/Unisinos) com a monitoria da Doutoranda Tatyane Larrubia (Bolsista CAPES) durante Setembro de 2020 a Fevereiro de 2021. Além dos materiais de referência bibliográfica, apresentamos também alguns materiais audiovisuais como palestras e eventos dedicados ao tema.

Na próxima etapa da pesquisa (2021-2022) novos materiais serão incorporados ao acervo.

CULTPOP lança seu primeiro e-book gratuito: Perspectivas da Pesquisa em Cultura Pop

O Laboratório de Pesquisa CULTPOP – Cultura Pop, Comunicação e Tecnologias, lançou no dia 13/08 o livro “Perspectivas de pesquisa em Cultura Pop: comunicação, fãs, estéticas e narrativas ficcionais”. O livro está disponível gratuitamente em versão digital e à venda em sua versão física no site da Editora Fi, de Porto Alegre. O trabalho traz muito conteúdo sobre cultura pop para estudantes, pesquisadores e interessados no tema.

Dividido em catorze capítulos, a proposta do livro é de apresentar uma amostra do que foi o I Simpósio Cultpop, evento realizado em 2019 no Campus Porto Alegre da Unisinos. O prefácio foi escrito por Thiago Soares, professor e pesquisador da UFPE. Foram selecionados textos referentes aos trabalhos científicos apresentados no simpósio, que por sua vez buscou expandir um espaço de discussão acadêmica de fenômenos que, ainda que fossem correntes nos últimos anos entre os membros do CULTPOP, não encontravam fóruns específicos em eventos de maior porte.

Acolhendo textos escritos por autoras e autores de diferentes instituições e de diversos campos do conhecimento, o livro é dividido em quatro eixos temáticos, que se desdobram nas angulações comunicacionais do estudo da cultura pop, nos estudos de fãs, nas dimensões estéticas e lúdicas da cultura pop e nas relações entre cultura pop e narrativas ficcionais.

Trata-se de uma leitura indispensável para os pesquisadores e fãs de cultura pop, e que contribui para compreensões desde diferentes angulações empíricas, matrizes teórico-metodológicas e campos do conhecimento a respeito de temas que seguramente ainda podem render epistemologicamente.    

SOBRE OS ORGANIZADORES:

Felipe Viana Estivalet

Doutor em Ciências da Comunicação pela Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Si- nos). Membro do grupo de pesquisa em Cultura Pop, Comunicação e Tecnologias (CULTPOP- Unisinos). Bacharel em Produção Sonora e mestre em Música (Musicologia/Etnomusicologia) pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tem interesse de pesquisa nas intersecções entre mídia, tecnologias sonoras, música e cultura, com ênfase nos Estudos de Som e Música e nas Materialidades da Comunicação.

Larissa Becko

Possui graduação em Comunicação social – Relações Públicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2012), mestrado em Ciências da Comunicação pela Unisinos (2019) e doutorado em andamento em Ciências da Comunicação pela Unisinos. Participa dos grupos de pesquisa CULTPOP – Grupo de Pesquisa em Cultura Pop, Comunicação e Tecnologias, da Unisinos, liderado pela Prof. Dra. Adriana da Rosa Amaral, e Cult de Cultura – Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Arte Sequencial, Mídias e Cultura Pop, das Faculdades EST, no qual lidera junto ao Prof. Dr. Iuri Andréas Reblin.

Adriana Amaral

Professora adjunta da Escola da Indústria Criativa da Unisinos e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da mesma Universidade, onde coordena o laboratório de pesquisa CultPop – Cultura Pop, Tecnologias e Comunicação. Bolsista de Produtividade do CNPq, nível 2, foi Visiting Scholar na University of Salford (UK, 2014), na University of Surrey pela CAPES (UK, 2015/2016) e na Universität Duisburg-Essen (Alemanha, 2016). Seus interesses de pesquisa são: Cultura Digital, Cultura Pop, Estudos de Fãs e Subculturas, Métodos Digitais, Estudos de Som e Música e Imaginários Tecnológicos em narrativas fantásticas.

Caroline Govari

Doutora em Ciências da Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), com estágio doutoral na Universidade McGill. É mestre pelo mesmo programa e bacharel em jornalismo pela UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Atualmente, faz parte do projeto Histories of AI: Genealogy of Power, da Universidade de Cambridge, é integrante do laboratório de pesquisa Cultpop – Cultura Pop, Comunicação e Tecnologias, e atua no jornalismo musical no blog The Backstage. Tem interesse especialmente nas pesquisas que interseccionam performances do/no rock, música pop, formações identitárias, cenas e gêneros musicais, pesquisa biográfica e memória.

SERVIÇO:

Lançamento do livro: 13/08, online, site da editora FI

Link para download gratuito:

Perspectivas de Pesquisa em Cultura Pop – Ed. Fi, 2021. https://www.editorafi.com/202pop