Webseminário Territórios Afetivos da Imagem e do Som encerra projeto de pesquisa interinstitucional

TERRITÓRIOS AFETIVOS DA IMAGEM E DO SOM

21, 25 e 28 de setembro de 2020

ATENÇÃO:

As inscrições para o Webseminário “Territórios Afetivos da Imagem e do Som” já estão encerradas! Todas as mesas atingiram a lotação máxima permitida pela plataforma. Dessa forma, o evento será transmitido simultaneamente pelo Facebook, na página do evento, onde os espectadores poderão fazer perguntas aos convidados.

Além disso, se inscreva no canal, pois os vídeos – e outros materiais exclusivos – serão disponibilizados também no YouTube. Ainda, fique por dentro de todas as atualizações seguindo o Seminário também no Instagram.

Nos debates sobre as culturas da imagem e do som, noções ligadas a lugar, espaço e territorialidade são constantemente acionadas para atrelar determinadas práticas a sentimentos de identidade, para a delimitação de espaços simbólicos da música, para a ambientação da circulação de audiovisualidades online. A noção de que sons e imagens circulam em lugares, ambientes e territórios afetivos é recorrente na contemporaneidade, transformando os ecossistemas comunicacionais.

Neste contexto, espaços urbanos e ambientes virtuais se reconfiguram a partir de imaginários produzidos por sons, músicas, filmes, videoclipes e imagens midiáticas. Desta maneira, a articulação entre som e imagens e as metáforas territoriais abrangem uma ampla gama de ideias que  serão exploradas no seminário Territórios Afetivos da Imagem e do Som, fruto do projeto de pesquisa Cartografias Urbanas da Cultura Musical e Audiovisual: Som, Imagens, Lugares e Territorialidades em Perspectiva Comparada, contemplado no edital CAPES/PROCAD e desenvolvido por equipes da Universidade Federal Fluminense, Universidade do Vale do Rio dos Sinos e Universidade Federal de Pernambuco.

Organizado em três mesas, o seminário pretende explorar o papel da cultura sonora e audiovisual nas construções, tensionamentos e disputas em torno de espaços e ambientes urbanos, periféricos, translocais e/ou virtuais, visando a produzir uma exploração dos territórios afetivos que enredam som, imagens e música em múltiplas redes, tonalides e perspectivas.

PROGRAMAÇÃO:

21/09, segunda-feira – 17h às 19h

MESA 1 – Territórios de conflitos e afetos dissonantes

Angela Prysthon (UFPE) – Pedaços do mundo: paisagem e espaço na cultura visual contemporânea 

Felipe Trotta (UFF) – O som dos vizinhos: vazamentos sonoros, violência e conflitos nas grandes cidades

Rodrigo Carreiro (UFPE) – Imersão e realismo no som do filme 1917

Fernando Resende (UFF) – “Pequena África”: a ferida aberta e a invenção de futuros

25/09, sexta-feira – 17h às 19h

MESA 2 – Disputas, invisibilidades e apagamentos em múltiplas territorialidades

Beatriz Polivanov (UFF) – Nem tão PLURal assim: a (in)visibilidade de mulheres DJs

Ana Paula da Rosa (Unisinos) – Transitando entre territórios: da imagem memória do atentado de Manchester às sonoras imagens de Ariana Grande

Thiago Soares (UFPE) – A bastardização da música pop

Ronaldo Henn (Unisinos) – Acontecimentos na cultura pop e territorialidades semióticas

28/09, segunda-feira – 17h às 19h

MESA 3 – Cultura da música em plataformas e redes sociotécnicas

Jeder Janotti Junior (UFPE) – Escutas conexas em ambientações digitais

Adriana Amaral (Unisinos) – Invisible Sun: o apagamento das materialidades e plataformas digitais nas críticas dos “grandes intelectuais” brasileiros a fenômenos da cultura pop na mídia mainstream

Gustavo Fischer (Unisinos) – Plataformas de streaming como dispositivos tecnoculturais

Simone Pereira de Sá (UFF) – O roteiro performático de Anitta no álbum visual Kisses

[ÚLTIMA SEMANA] – CHAMADA DE ARTIGOS PARA E-BOOK DO I SIMPÓSIO CULTPOP

O comitê de organização do I Simpósio Cultpop relembra que o prazo para a submissão de artigos para o livro do evento vai até o dia 15/05/2020. Reiteramos o convite a todos os pesquisadores e pesquisadoras que participaram e apresentaram trabalho no simpósio para submeterem um artigo para o livro digital (e-book) do evento.

REGRAS IMPORTANTES:

1 – TEMÁTICA: Solicitamos o envio do artigo completo mantendo o tema do resumo enviado para a apresentação e publicado nos anais. Os trabalhos, que precisam ser inéditos, devem ser enviados para o e-mail do Simpósio Cultpop, com o assunto “Artigo Completo – Nome(s) e Sobrenomes do(s) autor(es)”.

2 – FORMATAÇÃO DE ARTIGO: os textos enviados devem ser salvos em formato pdf (sem identificação do autor e da instituição a que pertence) e .doc ou .docx (com identificações de autoria, instituição, cidade e país), ambos contando com no máximo 20 páginas (ilustrações, tabelas, anexos e referências inclusas). Utilize o modelo-padrão de submissão fornecido no link ( modelo_capitulo_I_simposio_cultpop ). O texto deve apresentar objetivos, metodologias, referencial teórico, problema de pesquisa e considerações finais. Não serão avaliados textos em outras formatações.

3 – AVALIAÇÃO: Os artigos serão analisados pelo comitê científico do I Simpósio Cultpop, responsável pela escolha dos textos mais adequados. Como critérios de avaliação, serão considerados a) aderência com o tema geral do evento; b) relação com o resumo apresentado no simpósio; c) atualidade das discussões propostas e referenciais trabalhados; d) densidade da análise; e) clareza da redação.

4 – CRONOGRAMA:

AUTORES: Envio do artigo completo até 15/05/2020

PARECERISTAS: Envio do parecer (aceito, aceito com alterações, recusado) até 31/07/2020

AUTORES: Envio da segunda versão com as sugestões solicitadas pelos pareceristas até 15/08/2020

EDITORES: Lançamento do livro no II Simpósio Cultpop.

Em caso de eventuais dúvidas, entrar em contato exclusivamente por e-mail (simposiocultpop@gmail.com) com a organização do evento, ou consultar https://cultpopsite.wordpress.com/blog/.

PRORROGAÇÃO DO PRAZO PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS – E-BOOK I SIMPÓSIO CULTPOP

O comitê de organização do I Simpósio Cultpop tem o prazer de informar que o prazo para a submissão de artigos para o livro do evento foi prorrogado para o dia 15/05/2020. Reiteramos o convite a todos os pesquisadores e pesquisadoras que participaram e apresentaram trabalho no simpósio para submeterem um artigo para o livro digital (e-book).

REGRAS IMPORTANTES:

1 – TEMÁTICA: Solicitamos o envio do artigo completo mantendo o tema do resumo enviado para a apresentação e publicado nos anais. Os trabalhos, que precisam ser inéditos, devem ser enviados para o e-mail do Simpósio Cultpop, com o assunto “Artigo Completo – Nome(s) e Sobrenomes do(s) autor(es)”.

2 – FORMATAÇÃO DE ARTIGO: os textos enviados devem ser salvos em formato pdf (sem identificação do autor e da instituição a que pertence) e .doc ou .docx (com identificações de autoria, instituição, cidade e país), ambos contando com no máximo 15 páginas (ilustrações, tabelas, anexos e referências inclusas). Utilize o modelo-padrão de submissão fornecido no link ( modelo_capitulo_I_simposio_cultpop ). O texto deve apresentar objetivos, metodologias, referencial teórico, problema de pesquisa e considerações finais. Não serão avaliados textos em outras formatações.

3 – AVALIAÇÃO: Os artigos serão analisados pelo comitê científico do I Simpósio Cultpop, responsável pela escolha dos textos mais adequados. Como critérios de avaliação, serão considerados a) aderência com o tema geral do evento; b) relação com o resumo apresentado no simpósio; c) atualidade das discussões propostas e referenciais trabalhados; d) densidade da análise; e) clareza da redação.

4 – CRONOGRAMA:

AUTORES: Envio do artigo completo até 15/05/2020

PARECERISTAS: Envio do parecer (aceito, aceito com alterações, recusado) até 31/07/2020

AUTORES: Envio da segunda versão com as sugestões solicitadas pelos pareceristas até 15/08/2020

EDITORES: Lançamento do livro no II Simpósio Cultpop.

Em caso de eventuais dúvidas, entrar em contato exclusivamente por e-mail (simposiocultpop@gmail.com) com a organização do evento.

Abraços,

Organização do I Simpósio CULTPOP

CHAMADA E-BOOK – I SIMPÓSIO CULTPOP

O comitê de organização do I Simpósio Cultpop convida a todos os pesquisadores e pesquisadoras que participaram e apresentaram trabalho no evento para submeterem um artigo para o livro digital (e-book) do simpósio. Em princípio, selecionaremos com 10 capítulos, procurando valorizar a pluralidade de temáticas do evento.

REGRAS IMPORTANTES:

1 – TEMÁTICA: Solicitamos o envio do artigo completo mantendo o tema do resumo enviado para a apresentação e publicado nos anais. Os trabalhos, que precisam ser inéditos, devem ser enviados para o e-mail do Simpósio Cultpop, com o assunto “Artigo Completo – Nome(s) e Sobrenomes do(s) autor(es)”.

2 – FORMATAÇÃO DE ARTIGO: os textos enviados devem ser salvos em formato pdf (sem identificação do autor e da instituição a que pertence) e .doc ou .docx (com identificações de autoria, instituição, cidade e país), ambos contando com no máximo 15 páginas (ilustrações, tabelas, anexos e referências inclusas). Utilize o modelo-padrão de submissão fornecido no link ( modelo_capitulo_I_simposio_cultpop ). O texto deve apresentar objetivos, metodologias, referencial teórico, problema de pesquisa e considerações finais. Não serão avaliados textos em outras formatações.

3 – AVALIAÇÃO: Os artigos serão analisados pelo comitê científico do I Simpósio Cultpop, responsável pela escolha dos textos mais adequados. Como critérios de avaliação, serão considerados a) aderência com o tema geral do evento; b) relação com o resumo apresentado no simpósio; c) atualidade das discussões propostas e referenciais trabalhados; d) densidade da análise; e) clareza da redação.

4 – CRONOGRAMA:

AUTORES: Envio do artigo completo até 30/04/2020
PARECERISTAS: Envio do parecer (aceito, aceito com alterações, recusado) até 31/07/2020

AUTORES: Envio da segunda versão com as sugestões solicitadas pelos pareceristas até 15/08/2020

EDITORES: Lançamento do livro no II Simpósio Cultpop em 21/10/2020.

Em caso de eventuais dúvidas, entrar em contato exclusivamente por e-mail (simposiocultpop@gmail.com) com a organização do evento.

Abraços,

Organização do I Simpósio CULTPOP

Cultura pop em destaque no I Simpósio Cultpop

A comunidade de acadêmicos que se interessam e pesquisam objetos e temas relacionados à cultura pop pôde desfrutar de dois dias de encontro e muita discussão sobre essa cultura no evento que ocorreu na virada do mês em Porto Alegre.

Com a data temática do Halloween e Dia do Saci, o I Simpósio Cultpop iniciou no dia 31 de outubro, uma quinta-feira, e seguiu até 01 de novembro de 2019, na Unisinos – campus Porto Alegre.  Conforme o Dr. Rafael Grohmann, professor na Unisinos, “o I Simpósio Cultpop mostra a importância e a centralidade dos estudos de cultura pop na comunicação e, mais do que isso, coloca o cultpop como protagonista dessa área no Brasil”.

A seguir, fizemos um breve apanhando do que aconteceu durante o evento. Vem conferir!

Painéis: ciência, narrativas e horror

A programação contou com quatro painéis nas manhãs e noites que reuniram pesquisadores e profissionais de diferentes áreas da cultura pop. Nas manhãs, os painéis focaram na cultura pop na ciência, seja ao discutir sua trajetória acadêmica, conceitos e diferentes abordagens, quanto na difusão da ciência através do pop.

Com o título “A pesquisa em cultura pop no Brasil: abordagens teóricas, enfrentamentos, trajetórias e contextos”, a profa. Dra. Adriana Amaral (Unisinos) trouxe definições e panorama dos estudos de cultura pop no Brasil. Em seguida, o prof. Dr. Thiago Soares (UFPE), focou na importância de descolonizarmos a pesquisa do pop no Brasil devido à literatura estrangeira que dá base teórica mas não consegue dar conta de nossa realidade. Por último, o prof. Dr. Gelson Weschenfelder (Unilassalle) apresentou dados sobre a realidade da pesquisa em história em quadrinhos no país.

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Já na segunda manhã, em “Linguagens da cultura pop e a popularização da ciência: a escrita acadêmica e a divulgação das pesquisas”, a doutoranda Larissa Becko (Unisinos) mostrou como foi o processo de adaptar sua dissertação de mestrado em uma história em quadrinhos através de financiamento coletivo via Catarse (“Caçadora de fãs”). O prof. Dr. Gustavo Fischer (Unisinos) problematizou a questão de pesquisar na internet quando arquivos, sites e apps somem, são apagados ou cancelados, trazendo recursos para recuperar esses arquivos. Finalizando o painel, o prof. Dr. Rafael Grohmann (UNISINOS) destacou a importância de “popularizar a epistemologia e epistemologizar a cultura pop”, exemplificado como usou a dublagem de cenas de videoclipes e novelas como recurso de ensino ao ministrar a disciplina de teorias da comunicação.

painel 3

Os painéis da noite focaram em temas mais específicos do pop. Em “Narrativas, distopias e fantasias: movimentos da cultura pop no contexto brasileiro”, o prof. DrEneias Tavares (UFSM) discutiu a difusão da literatura brasileira através de seu trabalho multimídia “A Todo Vapor!”, websérie steampunk com heróis brasileiros, associada com livros protagonizados por Juca Pirama e Capitu, além de card game. O professor e artista do Dinamo Estúdio Róger Goulart trouxe como tema o afrofuturismo, resgatando sua experiência pessoal e apresentando suas criações para quadrinhos em que a negritude e traços étnicos compõem suas ilustrações. Já, a Dra. Giovana Carlos (Unisinos) falou sobre a representação e escrita de mulheres na fantasia, tanto na literatura quanto televisão.

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O último painel, “A noite é escura e cheia de horrores: terror e horrores na e da cultura pop”, evidenciou a data do simpósio e o encerrou. Com mediação da artista gráfica Mari Couto, a fala inicial foi via teleconferência, com a pesquisadora e blogueria do “Fright Like a Girl”, Jéssica Reinaldo, discorreu sobre a importância das mulheres diretoras e escritoras de terror no Brasil, destacando os principais nomes da atualidade. Já o prof. Dr. Claudio Zanini (UFRGS) trouxe o conceito de horror para discussão e mostrou a relação do contexto histórico norte-americano para as tramas filmográficas desde os anos 1960 até a atualidade. Fechando o simpósio, o doutorando da Unisnos Christian Gonzatti apresentou parte de sua pesquisa que aborda discursos de ódio e preconceito assim como censura na cultura pop, como no recente caso ocorrido na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, envolvendo a censura de HQ devido a beijo entre dois garotos.

painel 4

Além das discussões acadêmicas, ao final de cada painel foram sorteados diversos brindes dos apoiadores: AVEC EditoraLoja NerdzDarkside BooksGaleria Hipotética e Dínamo Estúdio. Foram livros, quadrinhos, cupom de descontos entre outros objetos presenteados para os ouvintes.

Diversidade nas sessões de trabalhos
Em ambas as tardes, ocorreram 16 sessões de apresentação de trabalhos. Devido ao grande número de trabalhos inscritos, 81 ao todo, foram quatro sessões simultâneas por período. Entre os temas, destacaram-se em quantidade os estudos de fãs (duas sessões) e estudos interseccionais e de representação (cinco sessões), principalmente voltados para o gênero feminino.

Entre os participantes, havia professores e pesquisadores de diferentes áreas como Comunicação, Letras, Escrita Criativa, Artes, Pedagogia, Psicologia e Matemática. Algumas sessões demarcaram mais algumas áreas, como a “Narrativas literárias e crítica” e, outras como a “Cultura pop nas práticas educativas” conseguiram reunir diversas áreas. Desta, a mediadora Dra. Lucina Bach destaca que a sessão acabou “reunindo pesquisadores de quadrinhos, animação e jogos, preocupados com as possíveis relações estabelecidas entre tais objetos e as atividades de sala de aula, nos mais diversos níveis de ensino. Irmão do Jorel, jogos de tabuleiro, Cavaleiros do Zodíaco, Rurouni Kenshin, Chico Bento e trabalhos autorais foram alguns dos temas discutidos, gerando um debate profundo sobre o papel da cultura pop e as práticas de ensino e aprendizagem”.

Na sessão “Cultura Participativa: TV, Cinema e Memes”, o mediador Me. Eloy Vieira contou que a discussão gerou em torno das intersecções e possibilidades metodológicas, dos fenômenos da televisão e do audiovisual ligados à internet, sendo métodos como a cartografia, a análise do discurso e de conteúdo, entre outras, destacadas.

Conforme, o mediador Me. Felipe Stivalet, “a sessão de ‘Estudos de Música na Cultura Pop’ expandiu alguns dos debates que temos nas interfaces entre comunicação, som e música no Brasil, e que incluem o colóquio poderes do som, realizado nos dias 24 e 25/10, e que também contou com a co-organização do Cultpop. Foi uma oportunidade para os pesquisadores e pesquisadoras experimentarem a partir de seus trabalhos de investigação ou consolidarem seus projetos em andamento”.

Como o Cultpop apoia a participação ativa das mães acadêmicas, durante a abertura das sessões o seguinte aviso era dado aos participantes: “O Simpósio Cultpop apoia as mães acadêmicas, no movimento contra a evasão dessas mulheres na participação da vida acadêmica, por isso, pedimos a todos a compreensão quanto à presença de bebês e crianças que poderão fazer barulho, e das mães que poderão sair e voltar da sala a qualquer momento, ou mesmo embalar seus bebês no colo pela sala”. A ideia foi bem aceita por todos e a mais jovem participante passou de colo em colo espalhando fofura.

A importância de reunir pesquisadores da cultura pop

O pop é uma cultura midiática que nos cerca cotidianamente. São as telenovelas, séries, filmes, músicas, livros, quadrinhos, cosplays entre tantos outros que consumimos e produzimos (geralmente entendido como práticas de fãs) no nosso dia-a-dia. Porém, nem sempre essa cultura é observada cientificamente, ou pior, dada a sua respectiva relevância. Durante e após o Simpósio Cultpop, foi possível ouvir vários elogios e relatos pela organização do evento.

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Em seu perfil do instagram, a Dra. Poliana Lopes, publicou: “Nesses anos na Academia, algumas vezes senti o olhar de cobrança, de ‘minha pesquisa vale mais que a tua’ e vi suspiros de ‘por que estudar essa bobagem de Twitter que ninguém usa e a novela na tv que ninguém vê?’ Eu me sentia importante por defender a relevância de produtos culturais contemporâneos, mesmo que me sentisse sozinha em vários momentos. Provavelmente por isso foi tão bom estar no I Simpósio Cultpop […] Fiquei com o coração quentinho por estar ao lado de pessoas de todo o Brasil, em diferentes níveis acadêmicos, que pesquisam quadrinhos, filmes, música, televisão, seriados, gifs, memes e outros elementos da cultura pop, a partir das mais variadas perspectivas (consumo, recepção, gênero, raça, discurso, etc). Sem preconceito acadêmico, sem suspiro ou olho revirado. Apresentei os resultados da minha tese e esse momento resultou em trocas, conversas, valorização do trabalho do outro e muito, mas muito aprendizado”.

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Há mais do que os relatos que mostram a realidade que muitos pesquisadores da cultura pop enfrentam. A doutoranda da UFPE e bolsista Capes, Michele Wadja, que veio de Recife/PE para o simpósio, destaca que “foi uma experiência incrível participar do I Simpósio Cultpop – Cultura Pop, Comunicação e Tecnologias. A abertura para diferentes pesquisas, não só na área de comunicação foi uma marca do evento. Ações como essas são fundamentais para a promoção de uma ciência sintonizada entre a produção cultural, a academia e as diferentes maneiras de perceber e vivenciar a Cultura Pop. Além disso, o evento foi extremamente organizado, com vários painéis e sessões interessantes. Tenho certeza de que esta foi a primeira de muitas edições exitosas que virão!”.

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A coordenadora do curso de Design Gráfico da Unicuritiba, Adrianne Linhares, conta também ter gostado muito do simpósio “e que trouxe um impacto muito positivo a toda a nossa pesquisa. Isso é construir conhecimento, pensamento e humanidade. E o melhor, como sempre digo aos colegas e alunos: a vida acadêmica, o trabalho e a pesquisa, devem ser enjoyable, acima de tudo. Precisamos amar o que fazemos. Foi TUDO, valeram as 9:30 de ida e mais isso de volta, em nome dos dias repletos que tivemos por aí! 🖤”.

Além das questões acadêmicas, a organização do evento salientou a todos que era possível o uso de roupas e acessórios que remetessem à algum título da cultura pop, o que resultou em uma variedade de pessoas vestidas com a camiseta de suas séries preferidas.

Com a grande participação de pesquisadores da cultura pop e os resultados positivos, o Cultpop se organiza para uma segunda edição do simpósio em 2020. Acompanhe as redes sociais do grupo de pesquisa para não perder o próximo!

Colóquio Poderes do Som tem suas palestras disponíveis no YouTube


Colóquio Poderes do Som foi organizado pelo GEIST/UFSC em parceria com o CULTPOP realizado no LABTICS da Unisinos durante os dias 24 e 25 de Outubro de 2019 e agora a palestra do convidado Dr. Tim Taylor (UCLA) e as 3 mesas de apresentação de trabalhos estão disponíveis no YouTube do PPG Ciências da Comunicação da UNISINOS. Confira no link abaixo.

#02DivãPop -Poderes do Som. Entrevista coletiva com o etnomusicólogo Tim Taylor (UCLA)

O segundo episódio do podcast Divã Pop já está disponível. Nele trazemos um bate-papo coletivo com Dr. Timothy Taylor, professor e pesquisador de etnomusicologia da University of California (UCLA) a respeito de circulação, valores, trocas, música e sonoridades a partir de sua fala no Coloquio Poderes do Som, organizado pelo GEIST – Grupo de Estudos em Imagem, Sonoridades e Tecnologias da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o CULTPOP da Unisinos com o apoio do CNPq. O podcast foi gravado durante o Coloquio Poderes do Som realizado no LABTICS da Escola da Indústria Criativa da Unisinos em São Leopoldo/RS entre os dias 24 e 25 de Outubro de 2019 no qual o professor foi o keynote speaker (palestrante convidado). Participaram do podcast, os pesquisadores Dr. José Claudio Castanheira (Coordenador do GEIST/UFSC), Dra. Mel Santos (PUCRS), Dr. Pedro Marra (UFES) e Me. Cassio de Borba Lucas (GEPESC/UFRGS), com a mediação de Adriana Amaral, coordenadora do CULTPOP. 

Na entrevista discutiu-se a questão conceitual dos fluxos da música na atualidade das mídias tradicionais às midias sociais, a importância das rádios universitárias, as trocas e a circulação da música na cena californiana de indie rock Echo Park – objeto de estudo de Tim – e as limitações do método etnográfico na pesquisa de cenas musicais entre outros temas. O episódio conta com a edição de Diego Leite de Oliveira (LABTICS) e com a trilha “Heaven” da banda Stale Bread.

Informações sobre o Simpósio Cultpop

O I Simpósio Cultpop está se aproximando e viemos aqui dar algumas informações para os participantes!

LOCAL

O Simpósio acontece na Unisinos de Porto Alegre, na torre educacional. O endereço é Av. Dr. Nilo Peçanha, 1600, Bairro Boa Vista.

Os painéis acontecem no auditório do 8º andar e as apresentações em diferentes salas do 5º andar.

É preciso apresentar um documento com foto para poder entrar no prédio. Então, traga seu RG, carteira de motorista ou outro equivalente.

ONDE COMER

Na própria universidade é possível almoçar e fazer um lanche. Na torre educacional, há um café no subsolo. No prédio ao lado, no Espaço Unisinos, há também outras opções de café e restaurantes, além de lojas e serviços de conveniência.

Fora do campus há um McDonald’s na avenida Nilo Peçanha, cerca de 450 metros da Unisinos, e o shopping Iguatemi, Av. João Wallig, nº 1800, cerca de 1.5 km de distância.

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O QUE TRAZER NA MALA

Fique à vontade para vir formal ou informal. O importante é estar confortável. Devido à data e à temática pop do nosso simpósio, estamos incentivando todos a virem com looks trevosos por causa do Halloween e usar roupas e acessórios que remetam à cultura pop. Cosplays também são bem-vindos!

A temperatura vai variar bastante em Porto Alegre nos dias do simpósio, entre 19 a 27 graus no MESMO dia! Portanto, traga roupas que possam ser vestidas em camadas: aquela blusinha mais fresquinha por baixo e um casaquinho pra colocar e tirar a qualquer hora. Além disso, a Unisinos tem um ar central que não temos como regular, então aos mais friorentos, recomendamos trazer casacos ou similares. E não esqueçam do guarda-chuva, pois há previsão de chuva na quinta.

BONUS TRACK

Durante os painéis, que ocorrem pela manhã e noite, iremos sortear alguns brindes surpresas para os presentes. E também estamos negociando um lugar muito bacana para encerrar o simpósio numa confraternização mais descontraída e regada à drinks! Acompanhe nossas redes sociais para saber mais detalhes.

O Simpósio Cultpop inicia nesta quinta, dia 31/10, e vai até sexta, 01/11.

A programação completa pode ser vista aqui.

Divã Pop está de volta como podcast

A primeira temporada do programa Divã Pop – produzido pelo GP Cultpop – foi transmitida nas rádio UNISINOS FM entre 2016/17 e contou com 13 episódios que tratavam sobre o projeto de pesquisa POA Music Scenes, uma parceria entre a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e a University of Salford – do Reino Unido – financiada pela CAPES. Nesta segunda temporada, o programa retorna em formato podcast para tratar dos temas da pesquisa em Cultura Pop e da vida acadêmica com o olhar afiado porém ao mesmo tempo descontraído das nossas pesquisadoras(es) e convidadas(os) especiais.

Nesse primeiro episódio celebramos o nosso retorno falando brevemente sobre o grupo, as pesquisas e projetos nos quais estamos envolvidos além de convidar os ouvintes para o I Simpósio CultPop em Porto Alegre.

Este episódio foi apresentado por Adri Amaral e Carol Govari. A edição é do Diego Leite de Oliveira (LABTICS/Unisinos) e a marca foi criada pelo designer Társis Salvatore que também é um dos autores da trilha de abertura, a música Heaven da banda Stale Bread que gentilmente cedeu a música para o uso do podcast.

Colóquio Poderes do Som discutiu a pesquisa em sonoridades


Por Felipe Viana Estivalet

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Entre os dias 24 e 25 de Outubro, realizamos o Colóquio Poderes do Som, parceria do grupo GEIST (Grupo de Estudos em Imagem, Sonoridades e Tecnologias) com o CULTPOP. O colóquio, desdobramento I Conferência Internacional de Pesquisa em Sonoridades que ocorreu em Junho na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) em Florianópolis, aconteceu dessa vez no LABTICS – Laboratório Avançado de Tecnologias da Informação e da Comunicação – da Escola da Indústria Criativa da Unisinos – São Leopoldo. Tal empreendimento só foi possível graças apoio do CNPq, da UFSC, do PPG Ciências da Comunicação e do curso de Produção Fonográfica da Unisinos.

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Recebemos como keynote speaker o Prof. Dr. Timothy Taylor, do departamento de Etnomusicologia da Universidade da Califórnia, Los Angeles. O convidado internacional, responsável pela fala de abertura do evento, discutiu circulação, valor e trocas nos movimentos da música. Partindo de um estudo de caso sobre o rádio como importante ator em uma cena indie rock do sul da Califórnia, e fundamentado em uma ampla bibliografia que passa por Karl Marx, Gabriel Tarde e discussões antropológicas sobre valor e troca, Taylor defendeu que a circulação – não apenas de objetos físicos –  implica trocas, e todo valor é gerado também pela própria circulação em suas especificidades socioculturais e históricas.

O que se seguiu após a fala de abertura foi uma série de debates em três mesas de discussão, com questionamentos e problemas a partir de pesquisas sobre sonoridades, música e artefatos tecnológicos. Durante os dois dias do evento, pesquisadores da Unisinos, UFSC, UFRGS, UFES, PUCRS e IFRS, dedicaram-se em produtivas discussões que se movimentam pela comunicação, estudos de som, etnomusicologia, artes e ciências sociais. A interdisciplinaridade foi tomada não apenas como um termo clichê para justificar a importância dos trabalhos, mas sim colocada em prática através dos diálogos entre pesquisas e pesquisadores. 

Como consequência, tivemos grande pluralidade de temas, objetos e metodologias, muitos deles propostos de maneira inédita ou ainda recente, ao menos aqui no Brasil. Ao procurar enfrentar as problemáticas do som, as pesquisadoras e pesquisadores apresentaram discussões que se dispersaram e retroalimentaram em debates sobre sonoridades (Pedro Marra, José Cláudio Castanheira, Marcelo Conter, Gabriel Gularte, João Lucas Rios da Silva e Mário Arruda), gêneros musicais (Carol Govari Nunes, Dulce Mazer, Adriana Amaral, Frank Jorge), escutas (Cássio Lucas e Felipe Estivalet) e perspectivas etnográficas e decoloniais (Melina Santos e Camila Proto). A forma como cada um abordou tais temas perpassou a já citada etnografia, mas também arqueologia das mídias, semiótica, estudos culturais, materialidades da comunicação e teoria dos afetos. Encontramos nos trabalhos apresentados, tanto os limites entre sons musicais e não-musicais, quanto as fronteiras e divisões entre as abordagens de temas, teorias e metodologias sendo constantemente desafiados.

Importante também observar que da mesma forma que a conferência de Florianópolis em Junho deste ano, tivemos no colóquio espaço para performances. Marcelo Conter e Camila Proto apresentaram “Telephonic Youth”, explorando métodos não-convencionais de produção de sons da guitarra elétrica, pedais de modulação sonora e de amplificadores conectados a microfones, bem como a utilização de materiais cotidianos normalmente desconsiderados como instrumentos musicais. A proposta era evidenciar a rede de atores não-humanos na constituição da sonoridade, criando uma tensão sobre a agência entre os músicos e os aparelhos. Mais uma vez, distinções procurando serem superadas, desta vez entre arte e ciência.

Por fim, teremos episódio especial gravado para o Divã Pop com uma entrevista com prof. Tim Taylor gravada no período do colóquio. Além disso, a palestra de abertura e todas as mesas, transmitidas ao vivo via streaming, foram gravadas. Todos estes registros serão disponibilizados assim que possível em redes como Youtube (palestra e mesas de abertura) e Spotify (entrevista para o podcast). Será uma boa oportunidade para quem não pôde presenciar esse importante evento, que permitiu pôr em produtivo diálogo diferentes grupos de pesquisa, perspectivas teórico-metodológicas, investigadores e investigadoras interessados nas articulações entre som, música, tecnologias, espaços, corpos e processos socioculturais.